CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2025

FRATERNIDADE E

ECOLOGIA INTEGRAL

"Deus viu que tudo era bom" (Gn 1, 31)

As ações de Deus na criação original e a Campanha da Fraternidade 2025

Dom Vital Corbellini – Bispo de Marabá (PA)  

Deus criou todas as coisas com sabedoria e com amor. As suas palavras foram determinantes pois elas executaram o que elas proferiam da boca do Senhor. A Campanha da Fraternidade 2025, pelo seu lema, ressalta a importância da criação que tão bem saiu das mãos de Deus em vista da sua glória e do bem estar de todos os seres vivos, vegetais, animais e humanos. A seguir veremos como Santo Agostinho colocou as ações divinas que corresponderam às ordens dadas.  

O Espírito de Deus pairava sobre as  águas (Gn 1,2)  

Esta passagem foi uma bela menção a respeito da criação primitiva, porque Deus com o seu Espírito pairava sobre as águas. Santo Agostinho afirmou que Deus criou com amor e com grande benevolência ao mencionar o Espírito que pairava sobre as águas. A passagem escriturística dizia respeito que o Espírito não pairava sobre um determinado lugar, mas excedendo a tudo e sobrepujando a todas as coisas pelo seu poder1 

A criação do ser humano: “Façamos”

Santo Agostinho disse que só para o ser humano disse Deus: `Façamos`, no plural. Enquanto nas outras criaturas Deus disse: Faça-se, mas para o ser humano foi dito uma forma diferente: “Façamos o homem à nossa Imagem e semelhança” (Gn 1,26), tendo presente a pluralidade das pessoas divinas, o Pai e o Filho e o Espírito Santo2. Deus fez o ser humano à sua imagem, significando a Unidade divina e também às Pessoas, a nossa imagem: Pai e Filho e Espírito Santo, devido a esta Trindade porque a Escritura disse: à imagem de Deus, para entender um só Deus3. 

Participante da sabedoria divina 

O bispo de Hipona afirmou que o ser humano foi feito participante da Sabedoria de Deus, eterna e incomunicável, mas revelada em Jesus Cristo, o Verbo de Deus. Ele foi criado no conhecimento do Verbo para ele se converter nas coisas criadas. Tudo foi feito por Deus em seu Verbo divino, Jesus4 

O alimento proporcionado ao ser humano 

Deus quis ao ser humano que fosse proporcionado os alimentos através das árvores frutíferas e de animais. O Senhor previu também a continuidade das gerações de modo que disse o Senhor: “Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra” (Gn 1,22). O bispo de Hipona teve presentes as gerações humanas onde nascem os filhos, as filhas por um amor entre os pais, e de uma forma sucessiva os filhos e as filhas, e tornando-se responsáveis pela família, continuam as gerações, de modo que a terra vai se enchendo de seres humanos5. É necessário os alimentos com os quais se restauram as forças, dados para os corpos mortais6 

Deus viu que tudo era muito bom (Gn 1,31)

Santo Agostinho disse que estas palavras do Senhor Deus foram ditas após a criação do ser humano, fator que não foi dito antes, mas após Ele ter dado o poder tanto para dominar como para comer, acrescentou a respeito de todas as obras: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31)7. O fato foi a criação dada nos seis dias de modo que ao concluí-la sendo perfeitas, Deus disse que tudo era muito bom e não em particular. Ele disse não em particular ao ser humano, mas junto com os outros seres, porque as criaturas criadas por Deus, em conjunto, eram muito boas8 

O conjunto do corpo

O bispo de Hipona disse a beleza do particular forma o corpo inteiro, Se cada membro em particular é belo, na estrutura de todo o corpo, são todos muito mais belos. O olho que é de aspecto agradável e é apreciado se o víssemos separado do ser humano nós diríamos que é belo quando colocado junto aos outros membros, uma vez que seria observado no seu lugar no corpo inteiro. Da mesma formar o ser humano e os demais seres foi dito por Deus no seu conjunto que tudo era muito bom. Deus é o Criador e é perfeitíssimo das naturezas criou tudo bem, para o ser humano e para todos os seres vivos. Sendo que o ser humano pecou, no entanto o universo é belo9, bonito, pois Deus criou tudo com amor e de uma forma bonita e depois o recriou pelo seu Filho, Jesus Cristo, pelo mistério de sua encarnação, paixão, morte e ressurreição.  

 

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